
A moda tem o poder de magnetizar e seduzir quase tudo e todos, inclusive minha família. Não tenho avó, tia, mãe ou prima costureira, estilista ou em qualquer profissão que se possa fazer relação direta ao mundo fashion. Mesmo assim veio o arrebatamento: [(eu)] jornalista e blogueira de modos e modas e [(meu irmão)] modelo de modas.
Meu irmão tem nome prório e sobrenome. Sua graça é Felipe Tozzi e ele está vivendo uma das experiências mais memoráveis de todos os seus 22 anos: morar fora de casa. E até nisso a moda esteve presente e deu um empurrãozinho: Felipe, que é da agência Ragazzo MGMT, embarcou na última sexta-feira para sua primeira temporada internacional e vai passar três meses modelando em Istambul, na Turquia e depois segue para a Alemanha.
Mesmo tendo deixado eu e minha mãe loucas com todos os preparativos e burocracias da viagem é muito bom vê-lo se dando bem na vida por méritos próprios e numa coisa que gosta e faz com prazer. Bom também é poder vê-lo desatando o cordão umbilical (coisas de irmão mais novo, que só irmãos mais velhos sabem como são). Tsá!
Felipe já chegou ao seu primeiro destino e mandou notícias internéticas de que está bem instalado, mas um tiquinho perdido numa casa de idiomas sortidos, que passeiam do romeno, holandês, italiano e chegam até ao nosso português, com direito a sotaques paulista e paranaese e agora um “espírito santense/guarapariense”.
Se servir de “modelo” para as coisas da vida é ser referência, também há um peso, um fardo moral de conduta. Talvez, ser modelo (masculino) para as coisas de moda parece tornar essa conduta um pouco mais leve, mais efêmera também é verdade. Talvez, meu irmão seja modelo para caber em roupas, representar formas masculinas, um molde para construção de imagens e sonhos de moda. Mas não deixa de ser, antes de tudo, meu irmão. Aquele que me seguia de velotrol enquanto eu andava de bicicleta pelo quintal.
Boa sorte irmão, na vida e nas suas “modelagens” ! 😉




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